dezembro 2018 - Mariana Arga e Lima

Hoje é dia 31 de dezembro de 2018.

Este dia é normalmente para todos um dia de balanço. Um dia em que analisamos o que se passou, avaliamos as coisas boas e as coisas menos boas do ano que termina e programamos o que vai acontecer no próximo ano, aquilo que precisamos de fazer diferente para obter resultados diferentes.

A maioria das pessoas aproveita este dia para pensar nos 12 desejos que vai pedir à meia noite, mas sem grande profundidade nem grande decisão.

E normalmente o que acontece de diferente no ano seguinte?

Nada, pois são apenas desejos que pedimos, sem grande convicção. Só o facto de serem 12 já descredibiliza o momento. Ninguém consegue fazer 12 coisas novas de uma vez só.

Assim, aquilo que vos aconselho hoje é realmente pensarem com muito cuidado nos 12 desejos que vão pedir. É importante deixar de pensar apenas em desejos e passar para traçar mesmo objetivos. Pensar em algo que vão realmente mudar nas vossas vidas, mas colocarem uma data e separá-las no tempo.

Os objetivos têm 3 características:

Mensuráveis
Enquadrados no tempo
Inegociáveis

Torna os objetivos verdadeiramente inegociáveis. Associa uma sensação de grande prazer ao que vais conquistar. Sente já o prazer da conquista, saboreia esse prazer de forma genuína e compromete-te verdadeiramente com esse objetivo.

Dos 12 objetivos, pensa num por mês.

O foco é uma das coisas mais importantes para que os objetivos realmente se cumpram e por isso é fundamental conseguirem pensar apenas num de cada vez. Muitas vezes, para atingir um novo objetivo é preciso adquirir um novo hábito, mudar algo na nossa rotina. E isso demora tempo…

Deixem que as coisas aconteçam com tempo. Não é preciso, nem sequer é possível, mudar tudo de uma vez e por isso planeiem o ano com calma. Ele tem 12 meses…

Para mim, tenho a certeza que 2019 vai ser um ano maravilhoso. Eu vou fazer tudo (e ainda mais um pouco) para isso.

Em termos de prioridades, a família é sempre o pilar mais importante da minha vida. E nesse é “apenas” manter tudo como tem sido. Saúde, paz e amor em casa é o meu porto de abrigo.

Profissionalmente, para além de consolidar tudo o que consegui nos últimos 2 anos enquanto coach empresarial na empresa Paulo de Vilhena, tenho imensos projetos novos. Esta área de ajudar empresários e executivos de topo a crescer e acelerarem os resultados das suas empresas tem sido uma verdadeira paixão. Cá continuarei!!! Fica comigo em 2019 para ires acompanhando as novidades.

A saúde é um tema que em 2019 vou dedicar mais atenção. Em 2018 acabou por ser o ponto em que me descuidei um pouco e, por isso, sinto-me mais cansada e com menos energia. Acredito profundamente no corpo são em mente sana… sei que tenho cuidado bem da mente… em 2019 vou cuidar também melhor do corpo. E por isso prometo uma Mariana ainda mais energética para 2019!

Para cada um destes pontos já desenhei o plano de detalhe, do que vou realmente executar em cada altura para garantir o meu sucesso (seja sucesso aquilo que cada um deseja).

Aconselho-vos a fazer o mesmo pois só assim 2019 vos irá sorrir em pleno.

Desejo um 2019 em cheio, recheado com a concretização de todos os vossos desejos e que sejam muito felizes!!!

Se precisarem de ajuda na vossa empresa… contem comigo, claro!!!!

Gerir pessoas é uma tarefa muito complicada. Para grande parte dos clientes com que trabalho, é mesmo considerada como uma das mais difíceis. É, no entanto, uma tarefa, que todos que lidamos com equipas no dia-a-dia, temos que ir aprendendo e fazendo cada vez melhor.

Pessoas são sempre pessoas. Por mais que criemos estereótipos e que as tentemos caracterizar, cada indivíduo é único e diferente do outro. Sabermos ler os outros, perceber como lidar com cada indivíduo é uma arte que está ao alcance de poucos. O poder de nos adaptarmos aos outros é fundamental em qualquer função de liderança, mas também sabermos impor as nossas regras e garantir que as coisas acontecem da melhor maneira.

Tendo como base as opiniões de alguns dos maiores gurus da gestão e da liderança, aqui aparece uma grande dicotomia entre o que é a gestão e liderança, o que é o controlo e inspiração, o que são regras e capacidade de improviso.

É fácil perceber que se tivermos colaboradores de um nível excepcional, capazes de tomar decisões tão boas ou melhores do que nós, podemos apenas inspirá-los, mostrar-lhes o destino que desejamos e deixá-los sozinhos traçar o caminho, pensar, criar e decidir… para isso apenas tenho que ser um líder inspiracional, daqueles que mostra a visão e os colaboradores excepcionais fazem o resto.

Mas será que é assim na maioria das empresas?

Não… Apenas as microempresas, com um ou dois colaboradores se podem dar ao luxo de confiar absolutamente no discernimento dos seus empregados. Na maior parte das empresas os colaboradores dividem-se conforme a curva normal da performance e há uns realmente extraordinários, outros médios e outros que estão francamente abaixo da média.

E o que podemos fazer para levar estas empresas no melhor caminho?

Na minha opinião, a partir do momento em que a empresa atinge a maturidade (uma fase em que já estabilizou e já tem experiência sobre o que funciona melhor), deve ser baseado em sistemas e manuais com um controlo de procedimentos e resultados rigorosos. A rotina deve ser sistematizada e controlada de forma a ser sempre feita da mesma maneira, trazendo assim os resultados esperados.

Não quer dizer que não posso ser reavaliada periodicamente com o objetivo de melhorar (eu diria até que é fundamental que essas revisões sejam calendarizadas). Mas não vale a pena estar sempre a inventar a roda.

A optimização destas rotinas permite-nos ter tempo para pensar e decidir a excepção. Ou seja, sempre que aparece uma excepção os colaboradores capazes, devem se sentir suficiente empoderados para tomar decisões e arriscar uma decisão. Claro que a avaliação de que decisões podem ser tomadas deve estar definido para não correr riscos exagerados, mas sem aumentar a burocracia e sem pôr em causa o timing da decisão.

Em momentos de operação normal, a posição do responsável da empresa/equipa deve ser gerir a equipa. Organizá-la, dar-lhe as ferramentas necessárias, garantir a metodologia e sistematização, manter o ritmo e controlar os indicadores de vendas, produção e ou qualidade conforme a área de atuação.

Em momento de excepção, a posição do mesmo responsável da empresa/equipa deverá ser manter a equipa envolvido numa visão, mantê-los altamente motivados, dar-lhes a liberdade de pensarem fora da caixa em prol de um bem comum, dar-lhes a possibilidade de tomar decisões, de quebrarem as regras e pensarem pela própria cabeça.

Mas então como se consegue gerir estes dois momentos?

Esta é uma grande dificuldade, e não é nada simples encontrar pessoas capazes de gerir e liderar, de controlar e motivar, de organizar e inspirar.

A boa notícia é que, embora seja difícil de encontrar estas duas facetas nos executivos, elas são possíveis de ser desenvolvidas.

No passado dizia-se que ou se nasce líder ou não havia nada a fazer, pois caracterizava-se um líder como alguém com um carisma muito especial, com características únicas e altamente diferenciadas.

Hoje, tendo como base a história, já tivemos muitos exemplos de verdadeiros líderes, capazes de mover grande equipas e que nunca deram muito nas vistas, que não precisaram de um carisma. Os líderes, aqueles que inspiram e motivam acabam por ser, na maior parte dos casos, elementos que desenvolvem as suas capactidades empáticas, que desenvolvem as suas capacidades de comunicação e que, através do seu conhecimento e da forma como se exprimem, acabam por inspirar os que estão à sua volta.

As boas notícias é que tudo isto se aprende.

Do lado do responsável gestor é uma questão de apresentar rigor, trabalho e capacidade de pedir contas aos seus colaboradores. Obviamente que a relação que mantemos com os outros e a capacidade de nos adaptarmos ao outro é sempre uma grande mais valia.

Um gestor tem que ter a equipa consigo, tem que mantê-los alinhados com os procedimentos, tem de garantir que eles seguem os processos e que estão disponíveis para prestar contas. Um gestor tem que saber exercer o seu poder utilizando, sempre que possível, o poder suave, o poder implícito (todos sabem quem o tem mas não é preciso dizê-lo). Eles têm que garantir que as regras fundamentais são cumpridas. As empresas não são, nem podem ser uma democracia.

Tudo isto pode ser resumido num conceito muito falado atualmente, cujo autor Daniel Goleman sistematizou nas suas obras: a inteligência emocional. Para além das competências técnicas do negócio, da capacidade de perceber o negócio e perceber como ele pode evoluir, um líder/gestor deve desenvolver as suas capacidades emocionais de forma a se tornar uma referência neste âmbito e dessa forma ter as equipas consigo.

Quem me segue aqui no blog sabe que nos últimos tempos tenho partilhado essencialmente conteúdos de gestão e de suporte às empresas. Mas hoje, dia de natal, gostaria de partilhar algo mais profundo. Algo mais pessoal que vem do fundo do coração.

Hoje venho vos falar de mudanças de vida e gratidão.

A vida tem me ensinado que a coisa mais importante é estarmos bem com o que temos, é sabermos valorizar aquilo que vamos conquistando. Mas atenção, isso não quer dizer não termos objetivos ambiciosos, não procurarmos mais, não nos esforçarmos por ir mais além.

Falando de mim particularmente, há quem diga que eu sou uma eterna insatisfeita, que nunca estou bem como estou, que estou sempre à procura de outra coisa, que não aceito de boa vontade aquilo que a vida me dá.

Compreendo essa visão pois a minha vida tem levado muitas voltas, tenho feito muitas coisas diferentes, tenho conhecido muitas pessoas novas, tenho estado em situações completamente díspares.

No entanto eu interpreto de forma diferente. Para mim as mudanças não são fruto de insatisfação, são fruto da procura de mais e melhor. Eu olho para o meu passado com grande satisfação e acima de tudo com grande gratidão pela forma como o universo me tem orientado o caminho. Eu consigo olhar para todo o meu passado e perceber as coisas maravilhosas que me aconteceram, consigo pensar nas situações passadas e guardar as lições aprendidas, consigo guardar as pessoas todas que passaram na minha vida no coração pelo bom que me deram e tudo o que deixaram na minha vida.

Eu sei que o caminho que fiz foi o que tinha que fazer para chegar hoje onde estou. Nada aconteceu por acaso e tudo contribui para este caminho que me trouxe aqui, hoje, e que me deixa tão feliz. Sou muito grata por tudo o que tenho, e acima de tudo pelas pessoas que tenho perto de mim.

Mas ficar parada não é para mim. Ver coisas que não gosto e aprender a viver com elas não é comigo. Sou uma eterna lutadora e vou correr todos os dias por aquilo que eu acredito que é melhor… para mim e ou para os outros. Não me peçam para comer e calar… nunca o irei fazer.

Eu percebo que para as pessoas mais acomodadas, para aquelas que a mudança é muito difícil, olham para mim com um olhar crítico e procurando encontrar as minhas falhas para justificar a sua zona de conforto. Mas cada um é como é.

Hoje a mensagem que vos quero deixar é que sejam como se sentem bem. Sejam genuínos com aquilo em que acreditam e com aquilo que vos faz sentir bem. Não deixem de procurar os vossos sonhos porque alguém vos critica. Não mudem a vossa direção se não acreditam nessa mudança, mas também não fiquem parados só porque os outros têm medo dessas mudanças.

Normalmente as pessoas que mais nos amam são aquelas que nos querem proteger e que, nesse sentido, nos cortam as pernas para não corrermos riscos. Mas às vezes temos mesmo que correr riscos. Temos que dar saltos grandes que podem correr mal. Temos que pôr a ponte a arder atrás de nós para não termos hipótese de voltar atrás.

E acima de tudo vivam cada dia com muita gratidão. Mesmo quando há coisas que correram menos bem, há certamente um monte delas que correram muito melhor. Foquem-se no bom que a vida vos vai dando, tirem o prazer das coisas melhores da vida, e sejam felizes. Todos os dias!!!

A felicidade é um estado de espírito e não um momento.

Eu sou feliz!!! E tu?

Em quase todos os processos de coaching empresarial que faço, chegamos a um momento em que há necessidade de contratar mais pessoas para a equipa, de aumentar a equipa para dar suporte ao crescimento do negócio. No entanto, o recrutamento é sempre um grande desafio para a maioria dos empresários.

Todas, ou quase todas, as empresas começaram por um auto-emprego. Alguém que tinha o sonho de ser independente e que começou sozinho a desenvolver a sua ideia e as suas competências.

Neste primeira fase, obviamente, todas as tarefas são executadas pelo próprio desde a gestão, o marketing, as tarefas operacionais e até o limpar do chão do escritório. Mas com o passar do tempo o empresário tem que aprender a delegar.

Contratar faz parte de gerir uma empresa, pois para crescer de forma sustentada é preciso pessoas. É fundamental preencher a estrutura com pessoas certas que consigam fazer as funções e que estejam alinhadas com os nossos valores.

O que definir internamente antes de contratar?

É fundamental ter bem estruturada a visão e a missão da empresa. É preciso saber para onde estamos a levar a empresa, para conseguir definir concretamente as pessoas que precisamos.

Depois é fundamental definirmos o organograma da empresa. Este organograma deve ser definido de acordo com as funções necessárias para assegurar o bom funcionamento da empresa hoje e no futuro. Não deve ser baseado nas pessoas que temos atualmente, nem nas funções que elas ocupam, mas sim num exercício de imaginação de como seria se eu começasse hoje do zero.

Depois de ter este exercício concluído, deveremos perceber quais são as funções mais importantes e menos importantes, aquelas que geram o maior valor para a empresa e as que não são tão relevantes e quanto tempo cada função ocupa.

Com esta caracterização é altura de priorizar o que deverá ficar do seu lado e o que poderá delegar. É importante ter noção que as funções de maior responsabilidade, que representam maior impacto nas receitas, devem ser efectuadas por pessoas com mais experiência (que normalmente representam um custo maior). Se delegar essas tarefas, implica que ganha tempo para tarefas ainda mais rentáveis, mesmo assim vale a pena.

Uma possibilidade intermédia é contratar em outsourcing mas, na minha opinião, as tarefas podem ser feitas em trabalho externo, mas as competências devem ser contratadas. Ou seja, embora contratar seja uma tarefa desafiante, sempre que é para uma função relevante para a empresa, deve ser feito sem hesitar.

O que perceber antes de contratar?

Antes de partir para a contratação é muito importante perceber o que é preciso para a função que queremos preencher. No entanto mais importante do que as competências técnicas (que são mais fáceis de adquirir), são as competências pessoais e os valores que a pessoa deve ter pois esses serão muito difíceis de alterar com o tempo.

O que é mais importante procurar nas pessoas que contratamos?

Obviamente que é difícil fazer generalizações pois cada empresa terá os seus pontos de cultura próprios e cada função terá competências específicas. Mas, de um modo geral, aquilo que procuro para as minhas equipas é:

pessoas que têm paixão pelo desenvolvimento
pessoas que têm paixão pela nossa empresa
pessoas que tenham vontade de aprender e de aceitar novos desafios
pessoas que gostam dos clientes
pessoas com espírito de iniciativa
pessoas que se preocupam com os outros
pessoas abertas a novas ideias, que saibam aceitar um não como um ponto positivo e que estejam preparados para lidar com pessoas diferentes
pessoas que estejam preparadas para errar, mas continuar em frente tirando as lições desses erros

Há várias formas de recrutar, mas idealmente a pessoa deve ser avaliada por mais do que uma pessoa, em mais do que um momento e deve se focar mais nos comportamentos. Perguntas como:

Quem é a pessoa que mais admiras?
Quem gostavas que te admirasse?
Fala-me de um projeto que te tenha corrido bem
E de outro que não tenha corrido tão bem
Porque gostarias de pertencer a esta equipa?

Uma das características que eu mais valorizo é que as pessoas ponham paixão em tudo o que fazem. Eu sou uma pessoa apaixonada pela vida em geral e pelo trabalho em particular e, por isso, essa é uma das caraterísticas que eu mais procuro numa entrevista.

Em resumo, contratar não é simples, deve ser uma tarefa que deve ser feita com cuidado. Mas não a adie demasiado por medo de errar.

Não deve, obviamente contratar a primeira pessoa só porque não encontra alternativa, mas deve colocar muita energia nestes processos pois ter as pessoas certas na organização é fundamental para conseguir crescer.

Na maior parte dos casos as empresas não avançam por excesso de concentração das tarefas e das decisões do dono da empresa. É muito importante que as horas disponíveis do gestor da empresa não seja o limite de crescimento da empresa.

Podes encontrar mais detalhes sobre recrutamento no meu canal you tube: https://youtu.be/ats6IvwvSrA

Para comunicar é muito importante compreendermos o nosso interlocutor. Percebermos que, para ele nos compreender, é fundamental que nos saibamos adaptar a quem nos ouve e falarmos uma linguagem que ele entenda bem. Temos que assumir um estilo de comunicação que o nosso interlocutor sinta como familiar.

Na minha vida profissional, enquanto coach empresarial, tenho de falar com muito clientes, com perfis muito variados e, por isso, tenho de aplicar diariamente várias formas de comunicar, garantindo que os meus clientes me compreendem e conseguem acompanhar a minha mensagem com sucesso. Para isso, uma das ferramentas que utilizo, é a análise dos perfis comportamentais das pessoas com quem falo, seguindo uma ferramenta que gostaria de partilhar convosco e que tem o nome de DISC. Esta ferramenta é baseada no trabalho do Dr. William Manston.

O exemplo que vos vou dar é o teste mais simples, só para vos dar uma ideia. Se tiverem curiosidade sobre esta caracterização encontram, na internet, uma grande variedade de testes com muitas perguntas que darão, obviamente, uma caracterização mais pormenorizada do vosso perfil.

Exercício:

Convido-vos então a responder a 2 questões: vocês consideram-se mais introvertidos ou extrovertidos? E são mais orientados a tarefas ou a pessoas?

Segundo este autor as pessoas dividem-se em 4 grandes grupos segundo os seus padrões comportamentais.

Solução:

Perfil 1: extrovertidos orientados a tarefas

Dominância

Este perfil é caracterizado por pessoas muito determinadas, que sabem bem o que querem e que são totalmente orientadas a resultados. São persistentes e focados. São motivados por desafios. Nada os faz parar.

Mas, não há bela sem senão e por isso, sendo pouco orientados a pessoas podem ser um pouco brutos e podem passar um pouco por cima dos outros na persecução dos seus objetivos.

Perfil 2: extrovertidos orientados a pessoas

Influência

Este perfil dá muita importância aos relacionamentos. São aquelas pessoas que adoram estar sempre em festas, que quando chegam todos dão por eles. Adoram estar na ribalta, falam alto, riem alto. São muito criativos e têm muitas ideias. Adoram passar o tempo em brainstorming.

O senão deste perfil é a falta de capacidade de levar as coisas até ao fim. Pensam em tudo, mas não concretizam nada. São aqueles que dizem estar sempre em multitasking, mas na verdade saltam de tarefa em tarefa sem finalizar nenhuma.

Perfil 3: introvertidos orientados a pessoas

eStabilidade

A maioria da população tem este perfil. São pessoas que procuram a segurança, que tendem a guardar a sua zona de conforto. Não gostam de arriscar. São muito ligadas a pessoas e por isso são confiáveis e colaborativos. São muito amigos dos seus amigos. Privilegiam o trabalho de equipa.

No entanto são as pessoas que não gostam de desafios, que tendem a fazer as coisas sempre da mesma maneira e que são totalmente adversas à mudança.

Perfil 4: introvertidos orientados a tarefas

Cautela

Este perfil tende a privilegiar a perfeição. Os engenheiros são, tendencialmente, deste perfil. São muito cuidadosos com o que fazem, tendem a tomar atenção a todos os pormenores. São muito rigorosos no trabalho que fazem. Antes de tomarem uma decisão analisam ao detalhe todas as vantagens e desvantagens e por isso todas as decisões são bem fundamentadas. São as pessoas que lêem os manuais antes de ligarem os aparelhos, são as pessoas que lêem sempre a bula antes de tomar um medicamento.

Costuma dizer-se que o óptimo é inimigo do bom, este perfil tem que combater a procura incessante da perfeição pois isso poderá muitas vezes pôr em causa os prazos de entrega.

Estes são os perfis puros. Claro que as pessoas têm comportamentos diferentes em situações diferentes, mas há sempre um perfil que nos é mais familiar e que utilizamos mais vezes.

O importante é perceber que existem estes perfis e que é muito importante percebermos melhor a pessoa com que estamos a falar para nos aproximarmos do seu perfil e fazermo-nos entender ao receptor da nossa imagem.

Obviamente que não teremos que fingir ser o que não somos, mas temos que saber reconhecer o perfil da pessoa que temos à nossa frente. É importante darmos luta a um D, ou sermos efusivos quando conversamos com um I, ou sermos cooperativos e mostrarmos os pontos de segurança quando falamos com um S e por outro lado explicar todos os detalhes ao C.

Na comunicação, se cuidarmos bem do nosso interlocutor, a mensagem irá passar com muito mais facilidade, e por isso vale a pena tentar!

Um dos pontos mais importantes na vida de um gestor é conseguir priorizar as suas tarefas e conseguir dedicar-se àquilo que realmente importa.

O tempo é um bem muito escasso, que nunca pára e que não conseguimos comprar.

Segundo a Lei de Pareto há 20% das coisas que fazemos que são responsáveis por 80% dos nossos resultados. Sendo o nosso tempo um bem tão precioso, temos que estar constantemente a nos perguntar quais são os 20% que são mais relevantes para o nosso negócio, quais são as tarefas que se nos dedicarmos a elas, todas as outras ficarão resolvidas ou simplificadas.

A vida de um gestor é, normalmente, recheada de interrupções. São os clientes que ligam para fazer encomendas, é o colaborador que entra pela porta para fazer perguntas, é o fornecedor que envia um mensagem para esclarecer um assunto… todos podem ser relevantes e urgentes, mas será que tenho de responder a todos? E qual primeiro e qual depois?

Estas são sempre as questões que, para conseguirmos melhorar os nossos resultados, devemos estar constantemente a fazer. Devemos, em todos os instantes, perceber qual a tarefa mais importante, quer seja uma interrupção ou algo em que estamos concentrados e não queremos perder o foco. Temos que garantir que ninguém decide a nossa agenda por nós, temos que aprender a dizer “Não” ou, pelo menos, “Agora não”.

Cada pessoa que fala connosco tem sempre em mão um assunto muito urgente e importante mas, às vezes, pode ser só para ele. O que temos que pensar antes de deixar que os outros nos interrompam é, tendo em consideração o que estamos a fazer, quem e em que circunstâncias nos podem interromper. E isso deve estar claro para todos, mas principalmente para nós que temos que ser os guardiões da agenda.

A nossa agenda deve ser organizada de acordo com o grau de importância daquilo que temos que fazer. Devemos nos preocupar primeiro com as tarefas que temos que ser mesmo nós a fazer e que trazem grande resultados para a empresa.

As tarefas mais operacionais são, normalmente, aquelas que os gestores tendem a agarrar primeiro, ficando as tarefas de organização, pensamento, planeamento, estratégia sempre para o fim já que, pela sua natureza, não são urgentes. E, muitas vezes, por não haver tempo para tudo acabam por ser adiadas eternamente.

O grande problema é que não havendo planeamento e estratégia, a execução acaba, muitas vezes, por ser mais morosa e menos eficiente.

A segunda dica que eu dou aos meus clientes é, depois de decidirem o que é para fazer, façam mesmo. A indecisão, a dificuldade em tomar decisões é muito prejudicial para qualquer negócio.

Muitos empresários e gestores, como também as pessoas em geral, têm muita dificuldade em avançar para o desconhecido e por isso, apesar de terem muito claro qual a melhor decisão, acabam por adiá-la para mais tarde por receio de falhar.

Pois, mas atenção a estas indecisões porque assim nada acontece, nada muda e nada evolui.

É fundamental que todos os gestores tenham bem claro que precisam se dedicar a pensar sobre as coisas mais importantes, deixando as urgências para trás ou para outra pessoa resolver.

E depois, tão ou mais importante, é preciso decidir e fazer acontecer. Garantir que são implementadas as mudanças inerentes às nossas decisões que analisamos os resultados para garantir que trouxeram os resultados esperados.

Será que sabes aproveitar bem tudo aquilo que aprendes? Será que consegues aplicar todos os teus conhecimentos?

A resposta é não.

O próprio ditado popular nos diz: “Faz o que te digo, não faças o que eu faço!”.

É um sinal claro que, muitas vezes, não agimos de acordo com aquilo que racionalmente conhecemos ser o melhor e que, se algum amigo nos perguntasse, o aconselharíamos a fazer. Então isso quer dizer que, muitas vezes, não escolhemos o melhor para nós, mesmo que saibamos o que é. Porque será?

Há forças que nos puxam para a nossa zona de conforto, que nos mantém agarrados ao mais fácil, que não nos permitem arriscar e avançar por caminhos diferentes. Estas forças fazem nos manter agarradas ao passado, àquilo que sempre fizemos, às fórmulas que já utilizámos e que já sabemos qual o resultado que trazem. Claro que racionalmente sabemos, muitas vezes, que não estamos a fazer a escolha que traz os melhores resultados, mas olhamos para a possibilidade mais confortável.

O conhecimento é como um imóvel que adquirimos mas que está parado no nosso balanço. Algo que não estamos a utilizar e que também não estamos a rentabilizar da melhor forma. É um activo que está esquecido e que, mesmo quando nos faz falta, tendemos a não nos lembrar que o adquirimos no passado. Algo que está parado no fundo da nossa memória e que perdemos completamente o contacto com ele.

Na semana passada, durante um processo de planeamento para 2019, enquanto fazía um ponto de situação com um cliente com quem já trabalho há algum tempo, perguntei-lhe o que ele tinha ganho em 2018 com o nosso trabalho juntos. A resposta foi muito esclarecedora relativamente a este ponto:

“Mariana, durante estes meses que trabalhámos juntos eu transformei o meu conhecimento em prática. Alterei as minhas rotinas e as rotinas da empresa, incorporando a maioria do conhecimento que adquiri ao longo da minha vida de gestor e que nunca tinha sido capaz de aplicar. Na verdade a Mariana não me ensinou nada que eu não soubesse. Mas foi a melhor ajuda que eu podia ter tido para realmente tirar partido das coisas que já sabia.”

Fiquei muito orgulhosa desta ideia, pois na verdade este é o meu propósito. O meu maior objetivo nestes processos é retirar dos meus clientes o melhor que eles têm dentro deles, e que muitas vezes está esquecido, e ajudá-los a colocá-lo em prática todos os dias. Só assim conseguimos evoluir juntos, alterar rotinas e acelerar de forma definitiva os resultados das empresas.

Obviamente que, durante algum dos processos de coaching empresarial, também partilho com os meus clientes algumas das minhas experiências passadas e os conhecimentos adquiridos ao longo de muitos anos de pesquisa e reflexão. Mas, na minha opinião não é essa a minha mais valia para os negócios.

São as coisas simples que fazem a verdadeira diferença nos negócios e essas quase toda a gente sabe como se fazem. Mas, o maior desafio e a razão porque os negócios normalmente falham, é que os empresários e gestores não mantém a disciplina suficiente para as colocar em prática todos os dias.

Há quem diga que tudo acontece 2 vezes na vida. A primeira na mente e a segunda na realidade.

Neste contexto, torna-se ainda mais importante sabermos o que queremos e visualizar o momento em que atingimos o objetivo, vivendo este momento intensamente, mesmo que, numa primeira fase, só na imaginação.

Está provado que os estímulos internos do cérebro são exatamente iguais quando imaginamos uma situação ou a vivemos na realidade. Quando visualizamos o cumprimento de um determinado objetivo estamos a fornecer ao nosso cérebro a mesma mensagem como se o objetivo estivesse mesmo a ser cumprido. Assim sendo, se tivermos uma sensação de grande emotividade relativamente à visualização da concretização deste objetivo, torna-mo-lo mais forte, torna-mo-lo realmente inegociável.

Eu, com os meus pensamentos de engenheira, prefiro acreditar que se souber o que quero, se perceber como o vou conseguir, se fizer um plano de detalhe do caminho que tenho de percorrer e me conseguir manter fiel à execução consistente do plano, então as coisas vão acontecer.

Eu sei que tenho aquilo que tolero e, por isso, se eu só tolerar a concretização dos objetivos, eu sei que vai acontecer. Posso ter que correr mais, posso ter que correr mais depressa, posso ter que correr a fazer o pino ou de costas, poxso ter que pedir ajudar a alguém, mas vai acontecer!

Claro que tenho alguns exemplos que provam que o universo também nos dá boas ajudas no caminho. O universo dá-nos claros sinais que nos ajudam a percorrer o nosso caminho de forma certeira. É importante estarmos atentos pois isso vai ajudando a melhorar o nosso plano para chegarmos ao destino de uma forma mais simples e mais rápida.

Apesar de não ignorar, de forma nenhuma, os sinais do universo, prefiro pensar que a nossa persistência, a nossa determinação e a nossa resiliência nos ajudam muito a chegar lá. É fundamental irmos medindo os resultados de todas as ações, testar e medir, para mantermos o ritmo necessário para lá chegar.

Neste mês de dezembro, estou a planear com todos os meus clientes de coaching empresarial o ano de 2019. A maioria tem uma noção do que querem que aconteça mas têm muita dificuldade em organizar o pensamento de uma forma estruturada e passar das ideias aos planos, transformá-las em números e ações concretas que os levam no caminho da realização dos objetivos.

Será que assim, só com ideias, conseguimos atingir os objetivos?

Conseguir até poderemos conseguir, mas será garantidamente mais difícil.

O trabalho que tenho feito com eles começa por criar a visão, a missão e os pontos de cultura da empresa. Começar pelas bases do futuro da empresa, um futuro aspiracional, que talvez nunca lá cheguemos, mas que serve como o nosso horizonte.

Depois de ter esta visão aspiracional, passamos para o desenho da estratégia. Perceber a médio/longo prazo onde queremos estar, que clientes queremos servir e como poderemos fazê-lo de forma diferenciada, encontrando o seu espaço no mercado (nicho, concorrência e proposta única de valor).

Seguidamente passamos para desenhar os objetivos concretos anuais e trimestrais, torna-mo-los verdadeiramente inegociáveis e identificamos o detalhe desses objetivos (Receitas, Lucro, Cashflow).

Seguidamente identificamos, para o primeiro trimestre de 2019, as ações concretas que vão ter de ser implementadas para nos aproximar dos objetivos do ano (respondendo às questões quem, o quê e quando).

Finalmente, com o objetivo de garantir que os objetivos são cumpridos, é fundamental ter um conjunto de métricas operacionais (KPI) para acompanharmos diariamente para garantir o ritmo e envolvimento de toda a organização.

Em conclusão é muito importante, imaginar e visualizar os objetivos, mas se não quer correr riscos, na minha opinião, terá também de planear e manter uma execução consistente para garantir que faz o caminho até ao seu destino.

Se tens curiosidade sobre este processo de planeamento, podes ter mais detalhe no meu canal you tube. Fiz vários vídeos com algumas dicas de planeamento.

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