Eu sei... mas será que faço?

dezembro 11, 2018



Será que sabes aproveitar bem tudo aquilo que aprendes? Será que consegues aplicar todos os teus conhecimentos?

A resposta é não.

O próprio ditado popular nos diz: “Faz o que te digo, não faças o que eu faço!”.
É um sinal claro que, muitas vezes, não agimos de acordo com aquilo que racionalmente conhecemos ser o melhor e que, se algum amigo nos perguntasse, o aconselharíamos a fazer. Então isso quer dizer que, muitas vezes, não escolhemos o melhor para nós, mesmo que saibamos o que é. Porque será?

Há forças que nos puxam para a nossa zona de conforto, que nos mantém agarrados ao mais fácil, que não nos permitem arriscar e avançar por caminhos diferentes. Estas forças fazem nos manter agarradas ao passado, àquilo que sempre fizemos, às fórmulas que já utilizámos e que já sabemos qual o resultado que trazem. Claro que racionalmente sabemos, muitas vezes, que não estamos a fazer a escolha que traz os melhores resultados, mas olhamos para a possibilidade mais confortável.

O conhecimento é como um imóvel que adquirimos mas que está parado no nosso balanço. Algo que não estamos a utilizar e que também não estamos a rentabilizar da melhor forma. É um activo que está esquecido e que, mesmo quando nos faz falta, tendemos a não nos lembrar que o adquirimos no passado. Algo que está parado no fundo da nossa memória e que perdemos completamente o contacto com ele.

Na semana passada, durante um processo de planeamento para 2019, enquanto fazía um ponto de situação com um cliente com quem já trabalho há algum tempo, perguntei-lhe o que ele tinha ganho em 2018 com o nosso trabalho juntos. A resposta foi muito esclarecedora relativamente a este ponto:
“Mariana, durante estes meses que trabalhámos juntos eu transformei o meu conhecimento em prática. Alterei as minhas rotinas e as rotinas da empresa, incorporando a maioria do conhecimento que adquiri ao longo da minha vida de gestor e que nunca tinha sido capaz de aplicar. Na verdade a Mariana não me ensinou nada que eu não soubesse. Mas foi a melhor ajuda que eu podia ter tido para realmente tirar partido das coisas que já sabia.”

Fiquei muito orgulhosa desta ideia, pois na verdade este é o meu propósito. O meu maior objetivo nestes processos é retirar dos meus clientes o melhor que eles têm dentro deles, e que muitas vezes está esquecido, e ajudá-los a colocá-lo em prática todos os dias. Só assim conseguimos evoluir juntos, alterar rotinas e acelerar de forma definitiva os resultados das empresas.

Obviamente que, durante algum dos processos de coaching empresarial, também partilho com os meus clientes algumas das minhas experiências passadas e os conhecimentos adquiridos ao longo de muitos anos de pesquisa e reflexão. Mas, na minha opinião não é essa a minha mais valia para os negócios.

São as coisas simples que fazem a verdadeira diferença nos negócios e essas quase toda a gente sabe como se fazem. Mas, o maior desafio e a razão porque os negócios normalmente falham, é que os empresários e gestores não mantém a disciplina suficiente para as colocar em prática todos os dias.

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