Ontem estava a dar uma vista de olhos na internet e esbarrei com um estudo, feito em Portugal, que indicava que mais de metade das pequenas empresas não dá formação aos seus colaboradores.

Não me chocou a conclusão pois conheço bem esta realidade. Mas, enquanto coach empresarial, não posso deixar de mostrar a minha profunda indignação e pedir a todos os empresários deste país que revejam esta situação e que "obriguem" os seus funcionários a fazer formações importantes para o seu dia a dia, a evoluírem, a serem cada dia melhores funcionário.

O mundo está em constante evolução e por isso temos que estar abertos a ouvir outros pontos de vista. Parar é morrer. E isto também é verdade para o conhecimento dos nossos funcionários.

Esta é a  realidade do nosso país e o pior são as desculpas que os empresários encontram para isto fazer algum sentido:

1) A formação é cara;
2) Cada dia fora da empresa para formação é menos um dia de produção;
3) Quando fizemos as formações no passado eles não aprenderam nada;
4) Nós sabemos como fazer internamente. Sempre o fizemos da mesma forma (que é a melhor) e podemos passar esse conhecimento

Na verdade, baseado neste último ponto, aquilo que eu penso ser o maior obstáculo à formação nas empresas, é um receio dos empresários de serem ultrapassados em conhecimento por algum dos seus funcionários. Os empresários e as estruturas de direcção têm receio de ser postos em causa, de serem confrontados com alguém que pode ter ideias diferentes (e que até podem resultar melhor).
A maioria dos empresários em Portugal têm, também eles, pouca formação e, pior que isso, têm pouca humildade para perceber que o conhecimento pode ajudar. Eles confiam demasiado na sua experiência e são demasiado adversos à mudança. Isso pode custar-lhes a saúde da própria empresa.

Na sua maioria o discurso de quem está à frente das PMEs portuguesas é que têm muitos anos de experiência e que isso chega para ter sucesso. Mas será que ainda é assim hoje?

É verdade que, no passado, a experiência aliada ao esforço, à vontade e à dedicação eram suficientes para fazer o negócio vingar e crescer. Hoje, com o aumento da concorrência, com a introdução das novas tecnologias, com o aumento da informação disponível, já não funciona.
É preciso estar muito atento a tudo o que está a acontecer, é preciso olhar para fora com muita curiosidade, é preciso estar totalmente disponível para aprender com os outros aquilo que eles podem saber melhor que nós.

Mesmo que os empresários não estejam disponíveis para fazer esta evolução, é fundamental que se rodeiem de pessoas disponíveis para se aperfeiçoar e para estarem sempre bem informados e que lhes dêem ouvidos. Não há que ter medo de quem sabe mais do que nós. É preciso alavancar em cima desse conhecimento, aproveitando-o ao máximo para incorporar na nossa rotina, as novidades que trazem sucesso .Só assim é possível ter empresas com futuro promissor.

As empresas que ficarem agarradas ao passado, que mantiverem os processos antigos (só porque funcionaram no passado) estarão a cavar o seu fim.

Desde pequenina que ouvi que a liderança é um caminho solitário. Ser responsável por uma empresa implica não ter amigos. Implica que todos estão representar um papel e que temos que desconfiar de todos os que estão à nossa volta. Provavelmente por ouvir isto, sempre tive medo da liderança pois eu não sei trabalhar entre desconhecidos ou com pessoas que estou sempre de pé atrás.

Mas será que tem mesmo que ser assim?

Nos últimos anos tive empresas próprias e também liderei equipas numerosas nas empresas por onde passei. Não quer dizer que daí tenham saído os meus melhores amigos, mas em todas elas me senti bem, me senti acompanhada e me senti rodeada por pessoas leais.

É verdade que houve empresas em que senti mais lealdade do que noutras. Mas quando analisado de uma forma fria, consigo relacionar essas diferenças com a cultura vivida em cada uma das empresas.
Somos nós, enquanto líderes que controlamos a cultura da empresa, os princípios que são fundamentais e aqueles pelos quais todos os colaboradores se devem alinhar.

Quando fazemos o recrutamento e as avaliações semestrais deve ficar bem claro aquilo que para nós é tolerável e aquilo que é absolutamente intolerável, aqueles que são os princípios fundamentais da empresa e que são inegociáveis. É no dia a dia que se cria a cultura da organização. É pelo nosso exemplo que as pessoas vão percebendo aquilo que é esperado do seu comportamento.

Nós passamos várias horas a trabalhar. Pelo menos 8 horas por dia, senão mais, em frente às mesmas pessoas a partilhar com elas o mesmo espaço.
Será possível não confiar nelas? Estar sempre desconfiado que elas não estão a ser honestas? Que estão a procurar uma forma de tirar partido da empresa? Que estão a tentar enganar a empresa?

Eu não conseguiria viver assim...
À minha volta tenho que sentir franqueza, honestidade, empenho, dedicação, amor à camisola. Para mim não faz sentido de outra forma e, por isso, não é aceitável que os outros, com quem tenho de trabalhar, não o sintam da mesma maneira.
Eu acredito profundamente que várias cabeças pensam melhor que uma e, por isso, é fundamental ter à nossa volta pessoas envolvidas, capazes de pensar connosco, de discordar das nossas opiniões, de apresentar alternativas. É nesta diversidade de opiniões que as empresas crescem e evoluem.

E como se consegue ter a equipa alinhada nestes princípios?

Não é fácil, eu sei!

Num passado recente sofri uma grande desilusão com uma pessoa da minha equipa. Recebi uma grande lição de vida.
Quando pensava ter a equipa alinhada com os meus princípios de dedicação e amor à camisola, um dos elementos em que eu tinha mais confiança, atirou com a toalha ao chão e deixou-me na mão, quando lhe pedi mais um esforço.
Agora, olhando friamente para o caso, percebo que cometi o grande erro de, ao sentir que o esforço não era nada de especial (e não era), não preparei bem o terreno. Mas não esqueci o tema pois sei que, se a equipa estivesse realmente envolvida, não tinha vacilado em me acompanhar.
Lição aprendida!

Se controlamos a cultura da empresa (o que não era o caso), é fundamental que a tornemos clara, que sejamos igualmente intolerantes aos desvios desta cultura para todos e que, por outro lado, consigamos envolver todos os colaboradores nesta cultura de uma forma positiva e construtiva.
Precisamos de, nós próprios, ser um exemplo da cultura da empresa e acreditar nos colaboradores que temos. Aqueles em que não acreditamos devem ser eliminados da estrutura o mais rápido possível.


E quando nós damos esse amor aos nossos colaboradores, eles também retribuem. Eu pelo menos acredito nisso!

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As férias são sempre, para mim, um período de reflexão e estas não foram a excepção.

Nos anos anteriores, nas equipas que liderei, eu já era conhecida pelas alterações e ideias novas que trazia sempre que voltava de férias. Quando voltava de férias, as minhas equipas já esperavam por novos desafios e perguntavam-me logo: "O que vais mudar desta vez? Que novos projetos trazes para fazermos?"

Este ano a minha vida levou uma grande volta. Passei a trabalhar por conta própria, a acompanhar empresários e diretores na aceleração dos resultados das suas empresas. Sou coach empresarial.
Mas, acima de tudo, descobri algo em que me sinto realmente bem, em que me sinto totalmente  realizada. Sinto-me a conseguir cumprir o meu propósito de vida: ajudar os outros a descobrirem o melhor que têm dentro deles e a conseguirem atingir os seus objetivos.

Estas férias, embora durante os primeiros dias ainda tenha tido algumas preocupações relativamente ao meu futuro (inseguranças de quem trabalha por conta própria e cujo salário é totalmente dependente de conseguir clientes), delineei algumas ideias para fazer crescer a minha reputação e o meu projeto (essenciais para que as coisas realmente aconteçam), termino as férias com muita calma e com um sentido de aceitação e gratidão relativamente ao que já conquistei. Termino as férias com muita fé relativamente ao que está para vir.

Tenho os meus objetivos. Redefini as metas que quero alcançar até ao final do ano. Defini um plano de ações que vou implementar. Criei os indicadores que devo seguir diariamente para perceber se estou a seguir no caminho correto.
Tenho as minhas ideias definidas sobre para onde devo crescer, mas estou totalmente aberta e atenta àquilo que a vida tem para mim.

Interiorizei que é fundamental aceitar a insegurança do dia a dia, acreditando na segurança do longo prazo. Tudo vai correr bem!

Acredito muito que se fizermos aquilo que gostamos e se aplicarmos o melhor de nós naquilo que fazemos, o futuro irá sorrir-nos. De certeza!!!!

E eu posso vos garantir que adoro aquilo que faço e que ponho o melhor de mim em cada hora que dedico aos meus clientes.
E para mim, dos resultados que tenho obtido com os meus clientes, parece-me claro que o reconhecimento deste esforço está a acontecer.

E, por isso, no futuro só pode melhorar!

O medo está sempre cá, mas racionalmente não faz sentido.

Termino estas férias com um sentimento de aceitação relativamente a estas inseguranças. Um trabalhador por conta própria não tem um salário fixo, não está sempre em alta. Mas tem a grande vantagem de os resultados obtidos dependerem diretamente do esforço e da qualidade do seu esforço.

Não vale a pena me pré-ocupar. É olhar para o futuro acreditando que, se eu fazer o que tenho que fazer, tudo vai correr bem!

E aproveitar cada dia... como se fosse o último!

A inveja é considerada um dos sete pecados mortais.
Ainda ontem, em conversa com a minha mãe, falávamos sobre o verdadeiro significado da inveja e como ela pode ou não ser realmente um pecado mortal.

Quando eu digo que gostava de ser como aquela pessoa, ou que gostava de ter aquilo que aquela pessoa tem, não percebo qual a razão para isso ser considerado um pecado. Eu não quero tirar nada a ninguém, apenas quero conquistar algo mais para mim.

Ser ambicioso e querer ter o que os outros têm, não tira bocado a ninguém, não prejudica ninguém. Pelo contrário, até dá valor aos outros pois significa que os admiro por já estarem aonde eu quero chegar ou por terem desenvolvido características que eu também quero para mim.

O princípio que está por trás de considerar a inveja um pecado é o princípio da escassez.

Este princípio indica que o facto de eu querer ter uma coisa que o outro tem, implica que ele fique sem ela ou que ela perca valor. Este princípio é, para mim, totalmente errado pois eu gosto de pensar no princípio de abundância. Um princípio segundo o qual existe mais do que suficiente para todos e que eu ter não implica tirar a ninguém. Implica apenas criar, desenvolver, aumentar o bolo de forma a dar para todos sem restrições.

Será que para uns estarem felizes os outros têm que estar infelizes?
Mas será que a natureza nos tem mostrado a abundância ou a escassez?

A nossa vontade pode ser escassa, a nossa dedicação pode ser escassa, o nosso conhecimento pode ser escasso, mas a natureza não o é...
Sempre que colocamos o nosso conhecimento e o nosso esforço recebemos a abundância da natureza. 

Mas temos que saber esperar e manter o esforço.

E acima de tudo temos que olhar para a inveja não como um sentimento negativo, que nos faz querer mal aos outros porque têm aquilo que queremos, mas como um sentimento positivo, que nos move na ação de fazer o que os outros já fizeram para conseguirem o que procuramos.
Se foi possível para os outros também vai ser para nós.

Um bom exemplo é algo que devemos guardar e replicar sempre que possível, sem vergonha. O sucesso, independentemente do que isso significa, deixa rasto.

O que sentes quando alguém te diz que não? O que sentes quando alguém discorda da tua opinião?

Normalmente sentimo-nos mal. Sentimos que estamos a ser confrontados, contrariados, incompreendidos. Sentimos que a outra pessoa está a pôr em causa a nossa opinião e que isso não faz qualquer sentido. Sentimos que certamente que não gosta de nós, que só nos quer deitar abaixo. Ou então que não percebeu o que quisemos dizer.

Esta história começa desde que nascemos. Para qualquer bebé, um dos momentos mais difíceis é ouvir um não. Sentirem-se contrariados é um dos grande motivos de insatisfação de qualquer criança.
Alguns pais ainda tentam justificar a razão do não mas, na verdade, tudo o que os pais argumentarem a seguir ao não já não é interpretado pois já ligaram o modo defesa de "não te quero ouvir".
Neste modo de defesa já ninguém ouve nada. Em alguns casos desligam todos os sentidos. Noutros ficam apenas a pensar quais as melhores formas de conseguir passar por cima daquele não. E aí ligam o modo birra, o modo choro ou o modo amuo.

Em adultos a história continua...

Quando nos sentimos contrariados, ficamos chocados e nem sequer tentamos compreender o outro lado. Assumimos de imediato que uma opinião diferente da nossa só pode estar errada. E ainda por cima tomamo-la, quase sempre,  como ofensiva. Também entramos em modo birra (normalmente não de uma forma tão sonora), mas desligamos a escuta ativa e ativamos o modo de defesa.

Mas fará isto algum sentido? Será que quando alguém discorda de nós, o faz por mal?

Sei que o nosso ego é muito forte e que gosta de ter razão e ser massajado. Mas neste fortalecimento do ego perdemos muitas oportunidades de crescer, de aprender coisas novas, de ver a vida por outro prisma, de alargar as nossas alternativas e enriquecer os nossos conhecimentos.

São as pessoas que discordam de nós que nos dão a possibilidade de ver mais além. São essas pessoas que, quando as deixamos falar e escutamos o que dizem, nos fazem pensar e equacionar outras alternativas.

É nestes momentos que reforçamos o nosso Ser. Quando ouvimos um não, alguém que nos contraria, é o momento em que, na minha opinião, devemos ficar mais alerta, ouvir com mais atenção e dedicar mais tempo ao que estamos a ouvir. E no fim, devemos agradecer com genuína gratidão aquela opinião diferente da nossa.

Não estou com isto a dizer que temos que concordar com tudo o que ouvimos mas devemos dar uma possibilidade. Devemos, pelo menos, escutar com atenção e avaliar sem julgamento aquilo que estamos a ouvir.
Depois disso guardamos aquilo que nos faz sentido.

É nos momentos em que paramos e pensamos numa opinião diferente da nossa que vamos evoluindo e, por isso, deixa-te crescer!

O sucesso, entendido com aquilo que cada individuo mais valoriza, é sempre aquilo que procuramos na vida. Alguns conseguimos identificar de uma forma clara e outros nem por isso. Mas há sempre algo que valorizamos e que andamos a correr atrás.

Todas as pessoas querem chegar ao cume da sua montanha, mas nem todas têm a força de vontade para fazer a escalada. Todas querem atingir o seu sucesso, mas muito poucas são aquelas que estão disponíveis para fazer o esforço para lá chegar.

O sucesso dá trabalho. Para nos tornarmos especialista em determinada tarefa, para fazermos realmente a diferença são precisas muitas horas de treino e de estudo (há quem diga que são 10.000 horas). É óbvio que ter algum jeito natural para essa função também ajuda, mas nenhum génio o é sem esforço.

Será que o Cristiano Ronaldo conseguiria ser o que é hoje, sem as horas de treino que tem? Ele continua a treinar todos os dias.

Quando os resultados começam a aparecer entramos num ciclo virtuoso de motivação. Ou seja, sentimo-nos cada vez mais motivados para continuar a treinar porque os resultados começam a aparecer.
O maior problema é quando os resultados ainda não aparecem e nós temos que ir treinar todos os dias. É quando temos que continuar a comer as saladas e a balança teima em não descer o peso.

Como a maioria de vocês já sabe, aquilo que faço profissionalmente é acompanhar empresários no seu negócio. Ajudá-los a conhecer melhor os seus negócios, a conseguir identificar as causas por trás dos efeitos que o gestor se apercebe. A conseguir tornar o negócio mais previsível, a traçar objetivos e a fazer um plano detalhado para lá chegar.

Para conseguirmos dar esta ajuda, o primeiro passo é traduzir o negócio em indicadores. Eu acredito que é fundamental ter indicadores. É essencial saber ver as coisas como elas realmente são. Para isso é importante ter os indicadores mais adequados a cada negócio e acompanhá-los diariamente.

Quando queremos perder peso, é fundamental traçarmos o plano para chegar ao nosso objetivo, mas é igualmente importante, diariamente, acompanhar o nosso peso para ir percebendo se as nossas ações nos estão a aproximar ou a afastar dos nossos objetivos.

Nos negócios é igual. Temos que acompanhar todos os dias os indicadores escolhidos, de forma a garantir que as ações que damos nos levam aos resultados esperado.

Hoje estive a analisar os indicadores de um cliente  e, depois de alguns meses a trabalharmos juntos e a preparar os indicadores a seguir no seu negócio, foi simples chegar a conclusões que por intuição ou por uma análise mais superficial teriam passado despercebidas.

Este meu cliente, gestor de uma empresa com 16 anos de história, queria aumentar as vendas. Para isso, depois de desenhar o funil de vendas, concluiu que deveria aumentar o número de contactos a entrar na empresa. Lançou à equipa de marketing o desafio de conseguirem gerar 42 contactos por dia.
Neste momento, embora ainda não tenham estabilizado nos 42 contactos diários, estão muito perto. Isso deveria ser razão suficiente para estarmos todos a festejar, no entanto os resultados nas vendas não estão a ser os esperados.

E porquê? Porque nem todos os contactos são iguais. 

Nesta empresa, como em muitas outras, há contactos presenciais, há contactos telefónicos, há contactos por email e há contactos por facebook. Cada canal de entrada apresenta uma taxa de conversão bastante diferente. Quando olhamos só para a visão global percebemos que alguma coisa não está a correr conforme esperado, mas não identificamos a causa.

Em detalhe, o que aconteceu com esta empresa é que o marketing abrandou a atenção com os restantes canais tendo colocado todo o esforço no facebook. Resultou no aumento de contactos conforme objetivo, mas com uma taxa de conversão mais baixa. O resultado foi que estando aparentemente a cumprir os objetivos impostos ao marketing (ou quase!), os resultados finais de vendas não se estavam a aproximar dos objetivos propostos.

Ter números é bom, mas é preciso ter os números corretos de forma a conseguirmos fazer as leituras corretas e identificar as causas. É muito importante que quando os números que temos não se mostram suficientes para tirar conclusões, que vamos mais a fundo, perceber onde poderá estar a causa do problema.

Para medir é preciso identificar os indicadores que nos dão a informação que precisamos.
Quando lançamos um determinado projeto ou desafio, ele deverá ter sempre os indicadores que queremos acompanhar e os objetivos pretendidos.

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As férias estão quase a começar... isso fez-me lembrar do desafio que há um ano coloquei a mim mesma e que gostaria de partilhar convosco os meu ensinamentos que guardei. Apliquei-os durante este ano em outras áreas da minha vida e continua a pensar que são óptimos ensinamentos.

Não há certos nem errados... guarda apenas aquilo que fizer sentido para ti.

No final de Julho de 2017, antes de ir de férias, decidi abraçar um desafio, e para torná-lo conhecido de todos, partilhei o desafio no facebook: 30 dias seguidos a correr ou pelo menos a fazer desporto.

Para quem não me conhece bem eu, apesar de ter sido desportista na juventude, já há alguns anos que tenho uma relação muito afastada com o desporto e embora tenha tido alturas em que tentava fazer alguma coisa, há carca de 3 anos que pouco ou nada fazia.
Há 3 anos foi-me diagnosticado um princípio de asma e por isso foi a desculpa perfeita para deixar de fazer desporto e para não me sentir nada culpada por isso... afinal de contas como asmática era muito difícil de conseguir fazer desporto...

No mês de anterior, resolvi que ía pôr esta minha crença em causa e por isso, sem pensar muito lancei-me este desafio e partilhei com todos para que não pudesse fugir facilmente dele.

Passaram 30 dias, o desafio foi cumprido à risca. Entre correr, andar (nos dias - poucos - em que o corpo estava realmente cansado) e no último dia um jogo de padel com os amigos para comemorar, passaram os 30 dias. Começaram com dificuldades, com dores fruto do esforço físico, mas acabaram com muito ânimo, com uma energia redobrada e com vontade de nunca mais largar este hábito diário de fazer exercício físico.

Gostaria de partilhar convosco hoje os ensinamentos que retirei deste desafio e que penso terem sido fundamentais para chegar ao fim com tanto sucesso:

1) O factor de ter partilhado o desafio com todos os meus amigos através do facebook. Sou uma pessoa com os valores do reconhecimento e do comprometimento com os outros muito fortes e, por isso, tenho a certeza que o facto de eu ter partilhado com os amigos este desafio foi totalmente chave para o manter até ao fim. A ideia de perder a credibilidade junto dos meus amigos era muito mais assustadora do que a ideia de me doerem muito as pernas. :)

2) Ter decidido que era todos os dias foi fundamental pois ajudou muito a manter a obrigação e interiorizar realmente um novo hábito. Ao longo do percurso tive alguns amigos, que obviamente querendo o meu bem e estando preocupados com as consequências daquilo que poderia ser um esforço demasiado elevado para quem não estava habituado como eu, me aconselharam a descansar alguns dias. No entanto optei por me manter fiel à rotina diária pois o facto de falhar um dia que fosse, seria a desculpa perfeita para falhar outro e outro... Quando pretendemos estabelecer uma nova habilidade na nossa vida, devemos incluí-la diariamente na nossa rotina, pois só quando a fazemos de um forma consistente vamos realmente incorporá-la na nossa rotina. O facto de eu acordar, vestir-me, comer qualquer coisa e sair para correr TODOS OS DIAS, foi fundamental para começar a fazê-lo de uma forma automática, sem pensar muito e sem dar hipótese à minha preguiça de argumentar comigo.

3) O terceiro ensinamento foi aquele que me deu mais gozo a ultrapassar pois senti todos os dias os macaquinhos do sótão a falar comigo. Todos os dias, quando acordava, os macaquinhos falavam comigo e diziam "olha que hoje está frio", "olha que hoje está calor", "já é muito tarde, depois já não consegues ir à praia", "e dores? Hoje é melhor não ires porque te doi muito a perna"... todos os dias havia uma novidade que os macaquinhos inventavam para me tentar convencer a não ir fazer o meu desporto matinal. Aperceber-me disto e conseguir com força de vontade calar os macaquinhos todos os dias não foi tarefa fácil, mas consegui. Na tua vida os macaquinhos vão sempre andar por aí. Não lhes dês ouvidos porque eles não têm razão nenhuma. Guia-te pelos teus objetivos e pelo caominho que traças-te para ti.

Ao longo dos 30 dias do desafio a ideia que me suportou foi: Desistir? NUNCA!!!!

Agora vou levar esta ideia comigo, não só para continuar a praticar o meu desporto com muita frequência, mas também para continuar o meu caminho pela vida!

Este ano o desafio vai ser um pouco diferente... acompanhar o Tiago (meu marido) no desporto que ele fizer durante as férias. Atenção que ele tem a mania que é mesmo desportista e por isso vai ser duro! :)