Estar preparado para mudanças

janeiro 03, 2019


Um ponto muito importante na liderança de hoje é estar preparado para a mudança. É muito relevante, com o objetivo de garantir a competitividade da empresa, que estas estejam em constante avaliação dos processos internos, dos seus colaboradores e dos seus produtos.


Os clientes alteram as suas necessidades, os mercados evoluem, os concorrentes mudam a sua oferta. Toda a atenção é pouca para garantir o seu espaço.


As grandes empresas estão recheadas de burocracia, recheadas de procedimentos que têm de ser cumpridos com o objetivo de manter a qualidade dos seus produtos.
Ter checklists e manuais de procedimentos é fundamental, principalmente nas grandes empresas, para assegurarem que toda a organização desenvolve os produtos de forma consistente. No entanto este é um processo que deve ser sempre mantido debaixo de olho pois também podem levar à total alienação dos colaboradores, levando a que façam as tarefas sem qualquer preocupação com o resultado. A mecanização dos processos pode baixar substancialmente os níveis críticos da organização, a sua evolução e a sua adaptação aos novos tempos.


Um dos desafios de um líder, um executivo de topo de uma grande empresa ou um diretor de área, é garantir que na empresa se cumprem os procedimentos da empresa, que se mantém a qualidade do produto desenvolvido, que se mantém a maior rentabilidade dos recursos existentes. Mas que, ao mesmo tempo, estes estão em constante evolução, sempre à procura do melhor que se faz no mercado e de tudo o que se passa à sua volta e pode pôr em causa a sustentabilidade do seu negócio.


A sobrevivência de uma empresa é fruto da eficiência dos seus processos internos e da qualidade percebida dos seus produtos, mas também da sua mais valia face à concorrência.


Sabem qual a diferença entre um peru e o pássaro dodô?


A primeira, e mais óbvia, é que ainda hoje existem perus no mundo e os pássaros dodôs são uma espécie extinta desde o século XVII.
A segunda diferença, que provavelmente justifica a primeira, é que o peru é um animal que está constantemente em pânico, que tem medo de tudo e de todos e por isso está sempre em modo de alerta, defendo-se de todos os perigos.
Pelo contrário, o pássaro dodô, sendo um pouco maior do que um peru, parecendo um pombo gigante, vivia numa ilha do Oceano Índico. Nessa ilha não existiam predadores e, por isso, os pássaros dodôs eram mansos e inofensivos. Quando, no início dos descobrimentos, os povos europeus chegaram a esta ilha, foram recebidos de forma muito amigável pelos pássaros, que os receberam sem perceberem os perigos que corriam.
Rapidamente, por questões de necessidade de alimentação, todos os pássaros foram mortos levando à sua extinção permanente.
A lição que podemos tirar da própria natureza é que, mesmo que estejamos hoje num mercado tranquilo, em que a concorrência não nos ataca e que estamos confortáveis, não podemos adormecer. Temos que estar alerta e sempre preparados para questionar o que fazemos. É mandatório percebermos o que podemos fazer melhor para garantir a nossa sobrevivência, e com a atenção ao que os nossos concorrentes fazem para conseguirmos reagir antes de ser tarde demais.


Os mercados mudam diariamente e quem não está em constante alerta irá morrer.
Nos últimos anos, com a grande evolução tecnológica, temos assistido ao declínio de vários gigantes, tanto a nível nacional como internacional por não estarem alerta para a evolução dos tempos e para as mudanças necessárias à sua sobrevivência.
A entrada de novos concorrentes, a evolução tecnológica disruptiva, as diferentes formas de marketing que aparecem diariamente. Tudo nos obriga a estar muito alerta, a ter uma grande capacidade de adaptação e a novas aprendizagens todos os dias.


Será que na vossa empresa têm os mecanismos internos para verificar estas situações? Têm a organização totalmente virada para dentro ou mantém a atenção também lá fora? As vossas chefias intermédias são incentivadas à mudança ou apenas a garantir que os processos são cumpridos?

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