Alavancar: a solução para as empresas crescerem

novembro 29, 2018



Arquimedes disse: "Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu levanto o mundo".

Muitos dos empresários tendem a ignorar completamente este princípio e agarram-se sempre a um outro ditado popular que nos diz que “se queres bem feito, faz tu mesmo”.

Mas será possível mantermos um negócio próspero a acreditar neste ditado popular? Na minha opinião não é possível.
Quando temos tudo nas nossas costas, acabamos por ser nós próprios o limite do crescimento da nossa empresa.

O nosso tempo é limitado. Por mais horas que consigamos trabalhar, o dia só tem 24 horas e  ainda temos que passar algumas a dormir. Há um limite a partir do qual teremos que deixar de crescer se tudo depender de nós.

E uma empresa que não cresce o que acontece?
Inevitavelmente começa a decrescer e, mais dia menos dia, morre se não conseguir inverter a tendência.

Este é um ponto muito importante, que todos os empresários deviam entender.

Eu compreendo que tenham medo de crescer, de contratar mais pessoas, de aumentar o nível de alavancagem pois isso implica diminuir o nível de controlo dos processos internos. Implica largar a operação para outras pessoas, implica ter que lidar com mais pessoas, implica perder o contacto com o coração daquilo que vendemos, implica deixar de ter contactos tão próximos com os nossos clientes.

É arriscado? É, mas eu não conheço outra forma. Um empresário tem que saber arriscar nos momentos certos, sempre de uma forma pensada. Mas sem risco não há negócios.

Claro que o processo de contratar mais pessoas não deve ser feito sem preparação. É fundamental que, quando contratamos alguém, essa pessoa esteja alinhada com os nossos pontos de cultura, que já devem estar definidos e claros para toda a organização.
E assim contratar as pessoas certas, para as funções certas e a fazer as coisas certas.

É preciso ter um organograma bem definido, que corresponda às necessidades da empresa. É preciso perceber exatamente as funções que é necessário existir e o que é expectável que cada pessoa faça, quais as suas responsabilidades e quais os resultados que devem produzir.

Também é preciso ter manuais de procedimentos para as pessoas saberem o que vêm fazer e de que forma o devem fazer.

Também é preciso ter métricas e formas de controlo bem definidas que nos permitam garantir que os resultados que os colaboradores estão a produzir estão alinhados com o que pretendemos.

E é fundamental acompanhar todos os colaboradores através de reuniões diárias e semanais para garantir que se mantêm alinhadas com o que pretendemos delas, que mantêm o ritmo expectável e que mantemos um ambiente de comunicação clara internamente.

É muito importante interiorizarmos que delegar não é abdicar.
Ao passarmos o nosso trabalho para os outros isso não implica largá-los aos leões, sem qualquer suporte. Pelo contrário, implica dar-lhes as funções mas explicar-lhes como funciona, dar-lhes as ferramentas para que eles as percebam de forma clara e  acompanhá-los no processo para assegurar que tudo está a acontecer tão bem ou melhor do que se fossemos nós a fazê-lo. É fundamental acompanhar de perto os resultados para percebermos que está tudo a correr bem e garantir um sistema de alertas que nos permita perceber quando algum dos procedimentos falhar.

E acima de tudo temos que confiar. Depois de garantirmos todo o processo, temos que acreditar que aquela é a melhor pessoa para aquela função. Temos que aprender a largar, para que nos possamos focar naquilo que serão as nossas responsabilidades.

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