Reagir ou Responder

julho 30, 2018



O cérebro humano é constituído por várias camadas, que ao longo de vários milhões de anos se têm desenvolvido com a evolução do homem.

De uma forma simplificada a camada externa, o córtex, é a nossa parte mais racional, responsável pelas funções mentais de pensamento, linguagem, etc. No interior do cérebro existe outra zona, mais primitiva, o sistema límbico, responsável por coordenar as reacções mais instintivas.

Nos nossos antepassados, durante a vida na selva, por uma questão de sobrevivência, o Homem foi obrigado a desenvolver o seu sistema de alerta. Foram criados vários mecanismos de reacção rápida que permitiram a manutenção da espécie. Hoje os perigos são diferentes.

Os dois sistemas continuam a existir e a ser-nos muito úteis. No entanto, conforme as situações a que estamos expostos, é importante que consigamos controlar a sua utilização. Ao contrário dos tempos do homem da selva, hoje, a maior parte dos perigos, não implicam uma reacção mas sim uma resposta. Ou seja, os desafios a que estamos expostos, necessitam de ser tratados com a camada mais racional do cérebro.

Há momentos em que ainda temos que deixar actuar o nosso sistema límbico. Quando se aproxima algum perigo imediato, em que uma reacção rápida nos pode salvar. Mas, na maior parte dos casos, convém conseguirmos controlar esta reacção rápida, pois ela poderá até ser muito prejudicial para o nosso bem estar.

Um bom exmplo é quando estás numa conversa com alguém. Se essa pessoa te disser algo ofensivo, qual é a tua resposta? Normalmente uma reacção descontrolada, certo?
Nesta situação perdes o controlo da situação e ainda ficas irritado. O que ganhas com isso?
Nada. Não seria muito mais produtivo, controlares a situação e as tuas emoções. Rebater tranquilamente o que tivesses a rebater e continuar a conversa de forma racional?

Na minha opinião, numa conversa com outra pessoa, independentemente do que ela te diga, é fundamental manteres sempre o controlo, controlar as tuas emoções ao máximo. Assim consegues garantir um melhor ambiente que permitirá proporcionar um resultado ganha-ganha para todos os envolvidos.

Um outro exemplo é no mundo dos negócios, onde estas reacções por instinto podem ser fatais. Muitos gestores guiam-se muito pelas suas emoções e pela intuição de vários anos de negócio. Sendo, conhecer o negócio, obviamente um factor positivo, pode levar um negócio completamente à ruína quando a intuição for o principal suporte de decisão.
Eu defendo, para todos os meus clientes de coaching empresarial, que gerir é medir e por isso a base de todas as decisões deve ser o mais racional possível. As decisões devem ser sempre baseadas em números, em análises de histórico e em objetivos suportados num plano.

E aparentemente não sou só eu que digo...

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Claro que não é simples, mas esta consciência já ajuda. Sempre que sentes o teu sistema reactivo em acção tenta racionalizar se é a melhor forma de agir perante aquele desafio.


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