Um adeus é sempre difícil...

abril 02, 2018



Hoje é o primeiro dia, depois de uma mudança e por isso é sempre difícil.

Hoje fecho um capítulo da minha vida. Um capítulo cheio de significado, recheado de coisas boas, cheio de novas pessoas maravilhosas, pleno de emoções muito fortes, fortíssimo em aprendizagens. Não me arrependo nem um segundo de ter passado por este capítulo, pois embora tenha chorado muito, tenha tido momentos muito difíceis, guardo aprendizagens únicas e um enorme sentido de missão cumprida. Um muito obrigada a todos que fizeram parte deste capítulo, mesmo aqueles que me puseram desafios emocionais muito difíceis. Com vocês aprendi muito!

Saio de cabeça erguida, eu lutei com tudo o que pude por aquilo em que acredito, eu dei sempre o meu melhor.
Chegou a altura de pensar em mim, de largar aquilo que já estava a ser uma obrigação, um peso às costas. Senti-me a lutar contra forças ocultas que eu não estava a controlar, a combater obstáculos invisíveis e a lutar contra as minhas vontades internas que há muito me diziam para sair, sem me sentir a contribuir de forma substancial para o futuro da empresa.

Sou uma pessoa de coisas novas, de desafios, de querer sempre mais e melhor, de querer abraçar novos projetos periodicamente e senti que não o estava a conseguir pôr em prática. Senti que o meu ritmo não se coadunava com a sítio onde estava.
Percebo que fui eu que não me adaptei, era impossível moldar uma empresa às minhas crenças de gestão. Eu tenho convicções fortes e não consigo coabitar com aquilo em que não acredito, fingindo que não estou a ver nada.
Não há certos ou errados, eu sei. Mas quando não nos identificamos com os valores que nos rodeiam, não conseguimos mesmo estar bem. E se não os consegues mudar, é melhor afastares-te, pois mantendo-se a situação nunca vais ser feliz.

Ao longo dos últimos anos, com o projeto de coaching fui vendo outras realidades, fui convivendo com outro mundo. Um mundo em que podemos tudo, em que o céu é efetivamente o nosso limite. É atrás disso que eu estou...

O discurso de a vida é difícil, que temos que nos habituar a coisas mais ou menos ou que nem tudo são rosas não me serve.
Eu acredito que a vida é demasiado curta para ser vivida no mais ou menos. Eu quero mais, eu vou ser mais ou pelo menos vou viver cada dia a acreditar que estou em busca do mais que vida tem para mim.

Tenho que dar aos meus filhos o exemplo que tanto lhes repito verbalmente: "Ponham o melhor de vocês em cada coisa que fazem". E o melhor de nós inclui tirar o melhor que a vida tem para nós em cada segundo... no aqui e agora!

Como disse o Padre Pedro Arrupe: "Eu não me resigno a que, quando eu partir, o mundo se mantenha como se eu não tivesse vivido".

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